Construindo o conhecimento sobre Teologia e Artes.

Referências Bibliográficas

Livro: Glimpses of the New Creation: Worship and the Formative Power of the Arts 

Autor: W. David O. Taylor

O teólogo e professor W. David O. Taylor por exemplo, no seu livro “Glimpses of the new creation: worship and the formative power of the arts” disserta sobre como as práticas artísticas cultivadas na comunidade de fé podem formar os crentes na vida trinitária. Com muita frequência, estudiosos das relações entre arte e fé acabam utilizando demasiados superlativos para descrever essa relação. Comumente se ouve que a “arte é espiritual”, de que ela “é guia para o transcendente” e de que tornaria “o invisível, visível”. Isso até pode ser correto em certos pontos, mas a grande questão que coloca David Taylor, é se “as artes visuais revelam algo do conhecimento de Deus ou do mundo ou de nós mesmos de uma maneira única?” (TAYLOR, 2019, P.3)

Podemos nos perguntar também se teriam algum papel os artefatos estéticos na economia trinitária e como poderiam ser sinais e presságios da nova criação. Estes poderiam contribuir para formar conhecimento, mas de um conhecimento mais amplo que envolve o ser humano por completo? 

Notas: 

as artes nos levam a uma participação intencional e intensiva no aspecto físico, emocional e imaginativo de nossa humanidade.” (TAYLOR, 2019, p. 40)

as metáforas oferecem acesso epistêmico real ao mundo e à natureza e caráter de Deus, como a Bíblia nos mostra repetidamente. Elas nos ajudam a nomear a realidade e a experimentá-la.” (TAYLOR, 2019, p. 42)

Por sua capacidade de provocar nossos sentidos, mas não só isso, de também provocar nossa imaginação e nossa capacidade de pensar, as artes

nos convidam a habitar os nossos sentidos e a descobrir o mundo amado de Deus através desses sentidos. Para a fé cristã ortodoxa, isso é uma coisa bem-vinda. Para os seres humanos normais, isso é uma coisa normal, mesmo que nem sempre consciente. Em oposição às suposições comuns na sociedade ocidental, então, o corpo não é um acessório da percepção; em vez disso, é constitutivo dele.” (TAYLOR, 2019, p. 50)  

Além de contar com a operação do Espirito para retificar vontades que estão distorcidas, para curar a desordem de corpos quebrados e afetos disfuncionais, e para iluminar a imaginação para ver o mundo como Deus o vê(...) A questão-chave, mais crucial e muito mais interessante, é como o Deus Triúno já está ativo na criação. Em Cristo, os aspectos físicos, afetivos, imaginativos e metafóricos de nossa humanidade já estão sendo transformados.” (TAYLOR, 2019, p. 50)



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